sábado, 11 de maio de 2013

Dizem, que na rua só se aprende o que não presta.

Matilde aprendeu tudo o que sabe na rua. À ela, tudo presta!

Na rua viu o primeiro beijo da sua vida e foi em vielas escuras que ficou imaginando quando seria o seu.

Nunca lhe disseram o que era menstruação. Mas quando ficou menstruada, foi na rua que intuiu, que aquele absorvente sujo no lixo vasculhado na porta da casa da vizinha, lhe serviria.

E é na rua que ela escreve em papel higiênico, usado ou não, as canções que estão por vir.
Cheias de agudos irritantes.

Todas dedicadas ao PSC.

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