Dizem, que na rua só se aprende o que não presta.
Matilde aprendeu tudo o que sabe na rua. À ela, tudo presta!
Na rua viu o primeiro beijo da sua vida e foi em vielas escuras que ficou imaginando quando seria o seu.
Nunca lhe disseram o que era menstruação. Mas quando ficou menstruada, foi na rua que intuiu, que aquele absorvente sujo no lixo vasculhado na porta da casa da vizinha, lhe serviria.
E é na rua que ela escreve em papel higiênico, usado ou não, as canções que estão por vir.
Cheias de agudos irritantes.
Todas dedicadas ao PSC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário