Na quarta linha havia a menção de uma autorização. Pedia que desligasse os aparelhos em caso de hemorragia. Seria um alívio! O subtexto da quarta linha era uma confissão: uma declaração de amor escondida. Ela amava o precipício. A bile que cuspiu, era a tinta com a qual assinaria a declaração de amor com autorização de morte assistida.
Com um sorriso no canto do rosto, testa suave, adrenalina no limite, levantou a mão para desligar o respirador.
Mas pela porta dos fundos, entra Barba Azul, com charuto, sangue e destroços na mão. Camisa branca manchada de orgulho ferido.
A Portuguesa sobe. A torcida vibra!
Não a do Fluminense, que grita: MORRE MATILDE!
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