terça-feira, 4 de dezembro de 2012


Numa trégua, com ares de espírito natalino, Matilde quis trocar uma ideia. Sentou na sacada da casa da vizinha (a da esquerda que curte sexo selvagem) e me contou, que numa ânsia de libertar-se de si mesma, disse prum cara que tava saindo com ela e que conheceu no ponto de ônibus, que o amava.
Ele arregalou o olho, gaguejou e quis conversar.
Três ou quatro encontros seguidos a este dia, o cara sumiu. Ele recusou o amor espinhoso de Matilde. Porque ele achava que mulher, quando diz que ama, quer namorar, aliançar, casar e levar o macho para passear no shopping. Foi o que ele disse na conversa. “Mas ... Mulher quando diz que quer ama, quer namorar, não?”
Não! Matilde poderia estar pregando alguma peça, rapaz!
Lembro que ela viu num filme, uma vez, um moço que levou uma moça para passear numa horta. Talvez quisesse só copiar e ver como ficava fora do cinema!
E ela disse, me ridicularizando, que me ouviu falar ao telefone sobre como era bom ter alguma desculpa para pintar as unhas de vermelho tomate.
Expressão máxima de amor: pintar as unhas de vermelho tomate e... escrever cartas, Matilde!
Aí ela cuspiu no chão e disse que não ia escrever porra nenhuma.
O cara sumiu antes de passar o CEP de onde mora.
Fiquei de ensiná-la a usar o Google Street View.
Ela achou que eu tava de sacanagem e enfiou meu modem...
Num pote de Danoninho...
Cheio!

Um comentário:

Anônimo disse...

haha É, mulheres de prateleira de supermercado sempre estão a espreita para levar os machos pra passear no shopping.

Quase um relato do globo repórter, de tão verdadeiro e preciso. Yeah