sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Tem a noiva cadáver e a que foge do casamento. Tem a que desmaia de emoção, a que é abandonada e...

Tem a Matilde. 

Marte em libra e mais oito trânsitos astrológicos desfavoráveis no momento em que Matilde colocou o véu. 

A fumaça do cigarro inebriando:
"- Que olhar de interrogação é esse?"
"- Interrogação?"
"- Não é interrogação, né? É exclamação!".

Barba Azul defumava a catedral antes do casamento mau-agourado. Charutos cubanos da China. No último banco, Lorde Bundinha, de muleta e o que sobrou de sua perna direita.

Matilde vai além da adivinhação. Regurgita a previsão que antecede o incêndio.
Ao fundo, os ecos de uma risada peçonhenta. Era um gravador.

Matilde fez questão do anel de brilhantes e do dote.
Barba Azul pagou caro. Nos dois sentidos.

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