quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Olha-se no espelho.Porque a "crítica" é quando a supervalorização da estética física. Na verdade é um intenso processo de autoanálise. A mão tinha que abrir o grande espelho do guarda roupa, que a menina insistia em encarar com curiosidade num misto de reconhecer-se, engraçar-se por si mesma. Após  auto maquiagem para ver-se em outro estado, para arremeter-se para outra maneira de estar e quem sabe até para outro lugar, ela para. Para bem no meio e diz o quanto tinha inveja dos que sonhavam que estavam voando. Ela só sonhava com pés descalços e vergonha por não ter o que calçar. Daí, ela decide que girando voará e será a mulher maravilha. Quando alça o voo, pega a caixinha e música de sua bisavó, a quem chamava de vó. A avó de verdade apanhou muito do avô, falava sozinha, apesar de interagir bem com as pessoas. Transitava entre o estar e o não estar presente, como se ligasse uma chavinha. Era só chamar ela de volta que ela saia do universo onde relatava desgraças e fazia ameaças a um homem maldito.  Entra num mergulho até as profundas águas que levaram Ofélia. Lá, vê-se novamente, mas de uma formar que pesa e a leve para o fundo das águas de Virginia Wolf. De lá submerge assustada Decide fazer um café, dedicado à seu marido.

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