sexta-feira, 25 de setembro de 2015

"Adoro você, menina..."

mas odeio poesia!

Poesia de contato, eu degladiando comigo, comigo
Minhas palavras toscas, meus sentimentos imbecis.
E depois de degladiar tanto... declaro um cessar fogo.
E sofro. E cedo
Bonita poesia de poeta morto pra mulher viva
Mulher com letras fantásticas lida com voz de fantasma
Voz-timbre poeta lendo
Beleza, força e um remendo
E como viver não basta, agente quer dar valor e peso ao que acabou de ser vivido
Qualificar porque não basta!
Não em São Paulo! Não basta!
Já que esquina tem moto retorcida, espectro de corpo derretido com sangue endurecido pelo asfalto.
- Será que morreu?
Se morreu!
Tem faixa de segurança pra perícia decidir como foi que aconteceu
Remontar o teatro
Refazer a história
Se tinhas sonhos... se morreu...se bateu... se correu
Heresia querer escrever bonito com sangue dos outros

E o que me consola (sim, quero ser consolada), é saber que isso aqui não é poesia.
vaidade e exibicionismo gratuito.

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