segunda-feira, 9 de junho de 2008

"A mulher que não enterrou o peixe."


Ontem conversava com o Flávio pelo "eme ésse ene". Esse troço tem me incomodado muito. Quero ver as pessoas, quero falar com elas. Apesar de que para algumas me faltam palavras...Por favor, quero endereços. Preciso escrever para vocês. Estou falando muito sério.

A gente conversou sobre algumas coisas. Comentei sobre o cara de 25 anos que matou não sei quantos com um caminhão e com facadas lá no Japão. Assim, de graça, qualquer um que passava servia. Apesar de estar morando lá, ele não soube do acontecido. Disse o moço assassino, que estava cansado de viver (?)
Hoje eu tô cansada da vida também. Não matei ninguém. O Flávio disse que lá, o Japão, é muito melancólico. Ai eu disse: "É, imagino..." Mas logo depois retifiquei : "Não imagino não. Só tenho a imagem das letrinhas piscando e aquele formigueiro de gente atravessando as ruas". E isso não é o Japão todo né? E nem é tão melancólico assim. Ele me explicou um pouco como são as coias lá pelas bandas de onde ele mora. Tem muito arroz. Pedi fotos. E uma da porta da casa dele.

Longe, bem longe da minha casa, resolvi descer a Brigadeiro a pé depois do expediente. Estava muito aborrecida e faminta. O moço do yakisoba não estava lá. Quando me vi próxima à São Joaquim, virei e entrei no McDonald's. Entrei mesmo!
Peguei um Mc Feliz e a bonequinha "Super Poderosa"... Docinho. Uma feiosa essa bonequinha. E acende os olhinhos verdes que parece daqueles bichos de filme de ficção científica que odeio. Sentada aqui, agora, escrevendo, me cabe um remorso que jurei que não teria por comer o lanche numa segunda-feira.

Na chatisse de meu dia, ainda houve surpresas. Péssimo dia para surpresas do tipo "Você não tem todo o dinheiro para pagar essa divida" ou "um dos seus peixes matou o outro". É, quando cheguei a notícia foi dada ao vivo; presenciei um matando o outro violentamente! Um trauma. Joguei o falecido pela descarga da privada. Idiota! Foi morrer justo hoje. Poderia tê-lo enterrado num vaso do jardim, mas estava escuro e fiquei com medo do peixe mal assombrado. Fiquei muito chocada. Meu pai disse que os peixes são assim mesmo, uns matam os outros e me perguntou (com jeito de mineiro sarrista) se não era bom chamar umas rezadeiras lá da Bahia para o velório do bicho.
Dia besta. Podia ao menos ter matado alguém também.

3 comentários:

AlfajoR disse...

O peixe também não estava num dia muito favorável a fazer amigos...





Manda um cartão (nem que seja no natal, só custa 1 centavo de real), endereçado ao Alfajor:

Rua Coronel Lisboa 388
Vila Mariana
São Paulo - SP
04020-040

Anônimo disse...

Hi my dear
hj acordei mais feliz e com mais vontade de viver. Não te dei explicações tão claras de como são as coisas aqui. Desculpe-me! Tenho tentado me perceber tanto que acabei me esquecendo de como era a porta da minha casa. O arrozal cada dia está bonito, pena q eu estava sem a câmera para registrar!

ó um beijo meu com gosto de moti.

e come bastante brócolis para produzir serotonina, substância responsável pelo bem-estar!

vc está plantada no meu jardim faz tempo, perto das outras plantas vc já é um bonsai, a veterana do canteiro. rs Vou te regar e te dar adubo para vc ficar cada dia mais viva e alegre.

love u forever

Anônimo disse...

Eu tive um peixe que morreu por receber todos os dias a visita da mãozinha do meu irmãozinho.

Ele dizia que o peixe precisava de carinho... Morreu, coitado. De tanto carinho.

Enterrei-o em uma gaveta de fósforos azul. Na planta da minha mãe; guaco, acho.


Hoje choveu na volta.
Irá receber meu endereço na carta! A tão prometida e velha, carta.

Um beijo de sexta-feira e um oi, para essa noite.