terça-feira, 15 de julho de 2008

Hoje eu quero sair só. Lá na esquina está a vendedora de balas.

Não dá para explicar direito como é se sentir muito feliz e profundamente triste.
Talvez seja difícil, porque a tristeza não foi tão profunda e a felicidade não foi muita. O que aconteceu, pode ser um equilibrio. Precário, mas há possibilidade de ter sido algum.
Acontece que em algum ponto as coisas começam a se complicar, por causa disso mesmo. De um ponto. Um ponto errado no crochê, deixa o trabalho todo mal feito, meio enrrugado. Não sei fazer crochê, mas há pelo menos 20 anos a imagem que eu tenho de minha mãe no sofá, é fazendo isso. Ela desmancha tudo e começa de novo quando erra o ponto.
Mas na vida não dá pra fazer isso.
E nem se agarrar a velhos hábitos, lembranças, sentimentos.
E esse texto já nasceu errado. Atrás dele, ficaram digitadas palavras escondidas na covardia do meu não dizer. As coisas ainda doem, porque viver de acordo com o que a vida exige é difícil. Não porque viver em si seja complicado, mas se inventa paixões, arrependimentos, ambições que não servem de nada, só para complicar mesmo. E a gente acha que isso é vida. isso aí que se vive é de criar calos, que não geram aprendizado. Geram insegurança. Essa falta de rumo que vos fala. O bom de estar perdido? Dispenso a previsão.


2 comentários:

AlfajoR disse...

Porque não conseguimos explicar como é se sentir assim que vou investigar meu cérebro.

UtópicA disse...

pelo menos vc tá triste E feliz. pq tristeza só, definitivamente não lhe cairia bem. e felicidade só... ah, convenhamos, essa nem existe.

quero saber o motivo da felicidade. me conta?
adorei a imagem do blog.

bjs