Outro dia cheguei mais cedo para trabalhar e fui comprar uma tomadinha para carregar o MP4. Desci do lado direito do metrô. Para ir para o trabalho desço do lado esquerdo. Do lado esquerdo, ficam os bolivianos vendendo as touquinhas, os cachecóis e as blusas. Neste dia eles estavam justamente do lado direito; mas se escondendo. Nunca tinha visto a Polícia Cívil em ação por ali. Babando para pegar um pobre boliviano. Neste dia não conseguiram. Mas semana passada, subindo a escada rolante presenciei o exato momento que a Cívil chegou e eles não tiveram tempo de sumir no metrô.
Mas a questão não é esta. A questão é que neste mesmo metrô, sempre tem uns caras tocando violino. Tocando bem bonito, concentrados e com os estojos abertos para colocarmos moedas. Justo, muito justo. A música deles em troca das nossas moedas.
Qual a diferença deles para os bolivianos?
A fronteira que eles passaram?
Não podia?
Ah tá.
Um comentário:
Fronteiras, bandeiras, religiões... Tantas formas de se comunicar, tanta comunicação, tanta conexão, ligação, e estamos cada dia mais fechados.
Pelo menos no passado você sabia por que lado estava lutando, hoje é tudo um caos...
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