sábado, 21 de agosto de 2010

O dia em que Matilde vomitou no meu vestido. Sim! Ela tem inveja de mim.

o que pensar de uma pessoa que consegue colocar "amor de deus" e "blackberry" na mesma frase?
o que pensar de uma pessoa que diz que agora as mulheres poderão ir fazer as unhas de helicóptero?
o armário bagunçado.
o patins do lado esquerdo tava frouxo.
o twitter tá comendo meu cérebro.
acordei depois de 16 horas de sono e baixei "diário de um detento".
acordei inventando histórias tristes e chorei de dó de mim mesma.
fico pensando nas pessoas que acham que escrevo sobre elas.
fico pensando que sou uma covarde por não começar a fazer alguma coisa só minha.
fui na padaria que se chama maria louca e pensei que era uma boa fonte de trabalho.
a maria louca. não a padaria.
fui ler sobre a maria louca e descobri que sim, é uma ótima fonte.
como fazer uma vuvuzela?
é coincidência eu ler sobre o niilismo no banheiro e um amigo me dizer que eu penso feito um niilista?
é coincidência pensar numa pessoa e ela atravessar seu caminho da Av Aricanduva num dos dias mais importantes da vida dela?
é coincidência pensar numa pessoa e ela te ligar num dia banal?
na austrália os cangurus ficam soltos nos parques.
os coalas também.
eu acho que os estupradores deviam ser mortos.
mortos com ou sem flagrante.
mortos, pela polícia, pela sociedade.
mortos.
acho também que as crianças têm que ser tratadas como crianças e não como retardadinhos com roupas pequenas.
mas o que penso não importa muito, porque o mundo é um círculo vicioso que mata as coisas no mesmo instante que elas nascem.
e o instante do nascimento pode durar oitenta anos.
só que a gente pensa que é muito tempo.
mas é pouco, muito pouco.
tenho inveja da apresentadora do auto esporte, programa matinal dos domingos na globo.
tenho inveja dos meninos que jogam futebol, sinuca, montam bandas de rock e se reúnem na mesa do bar.
por isso me junto a eles.
ela não respira enquanto fala
ele não pensa enquanto fala.
despeja.
o outro acha que a bíblia é o único livro do mundo.
a dele tem o símbolo do mackenzie.
eu não consigo terminar de ler um livro há meses.
"o perdedor é aquele que desiste de tentar".
pequena miss sunshine falando coisas pra mim.
eu cansei de pensar e ouvir coisas e fechei os olhos.
pedi para que o mundo parasse.
sorte é coisa de perdedor.
tem sorte aquele que o mundo ouve...e para.
o mundo tem sorte quando alguém para.
quando alguém para, não necessariamente fechou os olhos.
só parou para observar um pouquinho.
minha irmã acha que sou uma encalhada porque não namoro e não casei ainda.
eu sinceramente acho que ela pode até ter razão, mas pela cara do namorado dela, não é ela a pessoa mais sortuda do mundo.
quando a mente, a alma e o coração se esvaziam, resta fazer algo para que não aconteça o mesmo com o corpo.
implante de silicone?
acho que o vocalista do nxzero não transa.
acho que a lady gaga come rã no café da manhã.
acho que a nair belo não morreu.
nem o celso pitta.
mas o que penso não importa muito, porque o mundo é um círculo vicioso que mata as coisas no mesmo instante que elas nascem.
e eu já matei todas as ideias anteriores.
nem lembro de onde elas partiram.
sei que pari.
e matei.
porque o instante do nascimento pode durar segundos e a gente acha que foi uma eternidade.
amanhã vou pintar as unhas, ler a bíblia, esquecer a maria louca e assistir a lagoa azul.
porque não ligo para o que minha irmã fala e acho que a sandy é uma ninfomaníaca.
e que se deus e black berry existem, é a prova de que o homem existe.

2 comentários:

Anônimo disse...

É incrível como nos surpreendemos mesmo em situações, lugares ou relacionamentos conhecidos. Podemos ter muitas conversas, muitos assuntos repetidos. Mas sempre, cada vez, será diferente. Não importa o quão persistentes sejamos em nossa repetição. O presente é passado. Passou. Passou de novo. E de novo. Não existe presente. Nem futuro. É o único instante onde não podemos - dentro de nossa percepção - mensurá-lo. Ou não torná-lo arbitrário.
Contudo, é incrível como mesmo num mar de águas conhecidas (não que isso seja, de fato, uma qualidade) podemos encontrar um suspiro diferente. Uma gota. Um agente estranho às essas substâncias inerentes ao mar. Não que o mar deva ter outras substâncias além das que dela são constituídas, o que, de fato, já o torna belo. Muito pelo contrário. Há, já presentes nele, elementos tão qualitativos que outros agentes podem ser poluídores. O que, em realidade, sempre serão. De fato, quero apenas confimar o já descrito: ler-te, ver-ter ou simplesmente saber que, de qualquer que seja o nível, você tenha a mínima percepção que eu possa existir pra você já é um alívio nas minhas contas finais para prestar com quer que seja, no fim de tudo, no fim da vida. Ou apenas ao deitar-me agora.
Continaurei e sempre te acompanharei, pois meu único alívio e companheiro de fim de noite é a sua companhia. Mesmo que seja em forma de um blog, de uma expressão anônima. Mesmo que seja na frente do computador, na frente de ti. Mesmo que seja eterno.

Anônimo disse...

É incrível como nos surpreendemos mesmo em situações, lugares ou relacionamentos conhecidos. Podemos ter muitas conversas, muitos assuntos repetidos. Mas sempre, cada vez, será diferente. Não importa o quão persistentes sejamos em nossa repetição. O presente é passado. Passou. Passou de novo. E de novo. Não existe presente. Nem futuro. É o único instante onde não podemos - dentro de nossa percepção - mensurá-lo. Ou não torná-lo arbitrário.
Contudo, é incrível como mesmo num mar de águas conhecidas (não que isso seja, de fato, uma qualidade) podemos encontrar um suspiro diferente. Uma gota. Um agente estranho às essas substâncias inerentes ao mar. Não que o mar deva ter outras substâncias além das que dela são constituídas, o que, de fato, já o torna belo. Muito pelo contrário. Há, já presentes nele, elementos tão qualitativos que outros agentes podem ser poluídores. O que, em realidade, sempre serão. De fato, quero apenas confimar o já descrito: ler-te, ver-ter ou simplesmente saber que, de qualquer que seja o nível, você tenha a mínima percepção que eu possa existir pra você já é um alívio nas minhas contas finais para prestar com quer que seja, no fim de tudo, no fim da vida. Ou apenas ao deitar-me agora.
Continaurei e sempre te acompanharei, pois meu único alívio e companheiro de fim de noite é a sua companhia. Mesmo que seja em forma de um blog, de uma expressão anônima. Mesmo que seja na frente do computador, na frente de ti. Mesmo que seja eterno.