segunda-feira, 11 de julho de 2011

Revirando ou indigestão

Queria fazer um esforço pra escrever bem estando bem. Porque sempre achei que pra escrever acidamente tinha que ter uma dose de coisa-ruim-acontecendo. Queria provar pra mim mesma que conseguiria fazer um texto que me deixasse razoavelmente feliz comigo mesma por tê-lo feito.
Há dias sequer entro aqui no blog.
O blog é talvez o maior responsável  pelo meu exercício de escrita.
Talvez não, ele é. 
Há dias, sequer me cobro para escrever nele. 
Porque eu não me cobro de mais nada.
E ai, escrevo aqui, falando do blog, como uma forma de tentar me reconectar com ele e com a minha escrita.
Mas isso só está acontecendo porque acordei hoje, com o colchão inclinado e algo revirando. 
Era só o estomago.
Só que na hora do almoço, um almoço leve, não tinha nada inclinado. 
Só o pensamento inclinado pro nada.
Saí...voltei...e poderia ser indigestão.
Era o que eu queria que fosse. 
Umas cinco conversas sobre nada e...nada.
Aí, enquanto arrumava as coisas na mesa, achei os meus papéis desenterrados da gaveta da minha mãe.
Ela tinha colocado em cima das contas, um envelope vazio de maio de dois mil e cinco.
Lembrança revirada de sexta feira quando vi o envelope e ignorei.

Mesmo assim, estou bem. O texto queria falar disso.

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