domingo, 14 de agosto de 2011

Enquanto Matilde lê Mia Couto...

Soquei Catarina com acidez adolescente de elevador.
Enfiei Lisandra num puteiro xexelento da João XXIII.
E querendo ser boa, tirei Matilde de dentro do ferro retorcido da Radial Leste.
Me fodi.
Hoje quis ser um riff qualquer de Black Label Society, só porque não cabem mais questionamentos sobre essa cidade na minha cabeça.
Mesmo assim, antes de dar sinal pra descer, me ocupo de duas linhas de ônibus novas e inúteis que criaram para me roubar uma condução na integração com o Metro.
Fácil para os engenheiros da SPTrans; não andam de ônibus!
Só atropelam faxineiras, pedreiros e pipoqueiros.
Fui atropelada duas vezes:
Uma por carro
E uma por bicicleta.
Outras quinhentas por mim mesma.
Ganhei pontos na perna e fraturas expostas no que chamam de personalidade.
E por causa dessa personalidade extremamente exposta, minha cara não finge que não é outra coisa.
Jura que alguém delega para outro alguém esse lugar de dizer que pobre precisa urgentemente da sua arte?
Quem te disse que nego aqui da periferia é coitado porque não conhece as mesmas coisas que você?
Quando você(s) vai(ão) parar com essa punheta dentro do triângulo Consolação-Paulista-Santa Cecília fingindo que estão muito preocupados com as mazelas dos extremos?
Quando você(s) vai(ão) assumir que a punheta é pro(s) seu(s) prazer(eres)?
Qual o problema de admitir isso ein, camarada?
Tem gente enfiada numa palhaçada sem fim pra ver quem é mais pobre.
Para se livrar da culpa que quererem o que querem e por terem o que têm?
Dentro dessa arrogância fomentada por editais, discursos inflamados e afetados aprendi que questionar e resistir são sinônimos sabia?

Quem questiona no meio dessa palhaçada sem graça, é chamado de resistente, só por inundar de perguntação o vomitamento panfletário desenfreado.
Antes eu achava que resistência vinha depois, beeeem depois do questionamento. E no emaranhado de distorções de nariz bege, ainda tatuaram na minha testa CONSERVADORA. Por que? Porque pesquisa para mim, sempre significou pesquisa e não outra coisa.
Me vestirei então de Aurélia, serei amante de Houaiss e criarei novas origens e radicais para o dizer alheio. Serei conservadora dos pés de salto alto até a cabeça coroada de minhocas que inventei para afogar Matilde.

Caro Franklin, 

          Sobre a cúpula do dia que antecedeu uma reunião aberta (?), que você insistia em relatar indignado, digo que não pode ser boa, uma reunião denominada com palavra que começa com sílaba mal cheirosa.


Loira do banheiro,


Sua essência é feia! Você não aguentou se olhar no espelho de pois de conhecer Matilde!





2 comentários:

Franklin Jones disse...

Será que Matilde sobreviverá dentro desta metrópole?
Que só pensa em devorar as mentes de quem dela não se alimenta. Eu diria, Cuidado!!!! Se o meu estado não fosse o mesmo. Mas posso dizer cuidemos. Do que? Da gente. Cicatrizes servem como instrumento de uma verdade vivida e jamais esquecida, pra muitos sinônimo de medo, para outros, coragem.
Isso você tem

Estranha Sociedade dos Seres Estranhos (ESSE) disse...

Ahh Matilde! Come carvão e cospe giz!
O problema é essa engenharia de torcer ferro no pescoço do povo!Tem gente que foge! Tem gente que ama! eu? Passarim!