"eu tinha um amigo, que vendia aquela coisa gordurosa que a tua mãe gosta...como chama? Acho que é sonho...ele saia com o balaio cheio e ia pra rodovia vender aquilo, lá em Minas...ai um dia ele se encheu da pobreza, colocou o cesto no meio da rodovia e esperou um caminhão passar em cima...mas não foi isso o que mudou a vida dele...acontece que uma véia rica quis casar com ele, aí eles compraram metade das terras do meu pai e enriqueceram comprando e vendendo terra!" Meu velho pai e suas "metáforas" nada motivacionais.
Sem motivação, sem cesto de sonhos, jogo qualquer coisa que não me serve e nem quero mais na rodovia. A Marcella me disse ontem que não quer mais brigar, porque ela tá exausta, cansada. Acho que ninguém quer ficar brigando o tempo todo, mas quando saio de casa, sei que não vai ter exatamente flores pelo caminho. Por isso, não preciso esperar que enfiem o dedo na minha cara pra dizer "AQUI NÃO!"
Vou lá começar a luta, porque até pra chegar ao campo de batalha eu tô facilitando o lado de alguém.
Um comentário:
Chiquinho é um homem sábio. Isso não muda o fato de que a parábola do sonho atropelado não é nada edificante.
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