sábado, 22 de outubro de 2011
Ele não botou fé na virada da maré
Matilde pegou um barquinho e foi até a Ilha do Mel. Ampliou a vista aérea e em seguida se reduziu a pó para caber na casa de vidro do corretor de imóveis e perguntar quanto seria duas diárias. O corretor respondeu com uma evasiva, porque queria sacar qual era a de Matilde. Essa moça não tem cara de boa coisa, muito menos que tem uma companhia para duas diárias. Matilde entendeu, mas estava ocupada de ver a maré avançando galopantemente na direção da casa. Isso é normal? O corretor direcionou o olhar evasivo para a ressaca e adivinhou que duas ondas depois, sua casa seria engolida. Matilde também soube e se divertiu com a ideia de ser engolida por uma onda que explodiria em vidros. Depois do estouro, foi projetada até a ensolarada casa de Maitê Proença e se secou nas almofadas brancas.
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