sábado, 12 de novembro de 2011

Un giorno de mia paciencia e um parágrafo para cada coisa

Matilde vive se olhando em espelhos. Mas sua vaidade é tanta, que os que tem em casa não  são  suficientes. Ela paga para se ver bela, importante e única no universo. Mas como nem sempre a imagem dela vem sozinha, vive reclamando dos outros, da casa e do bolinho de carne.

Se as experiências não são o bastante para diminuir o ego, acredito que a idade deva ser. Mas se os anos vão passando, o cabelo caindo e o ego resiste...desiste.

E é tanto bolinho de carne em hora errada, que Matilde agora só se olha de longe...não consegue encarar os pneus e a grande pança gazosa.

Quando você precisa denegrir, ou expor negativamente uma pessoa para explicar o que você quer ou justificar uma escolha, é porque você não tem certeza do que está dizendo.

Matilde cobra a prazo de quem vende espelho torto para ela.

Ela diz que entende tudo o que a Laura Pausini canta, mas não sabe falar uma palavra de italiano. 
Segredo de polichinelo.

Mas o castigo vem à vista, depois da última prestação que Matilde cobra. Ela esquece que é um embrião perto de uma mulher parida.

Na porta do Teatro Municipal, sentei e fiquei esperando. Esperando nada. Havia um encontro marcado, mas se caso não acontecesse, não importava. As luzes do Vale do Anhangabaú.

E diante de tamanha incapacidade de ser sem espelhos, cairá Matilde na tentação de cortar os pulsos com estilhados do concavo-convexo que acabou de socar?

Um comentário:

baltazar disse...

muito legal, bom mesmo. vou te seguir para ter o prazer de ler todas essas maravilhas que sai da sua cachola.