A sensação era a de que tudo o que aconteceu até hoje foi para me preparar para este dia.
Ok. Estou exagerando. Até porque, nunca estaria pronta. Mas, este momento de abertura e aceitação de mim para mim mesma, que não permite fugas, é o único que suportaria tamanho encontro.
Sabe um estádio com uns 70 mil torcedores? Imagina que você tá lá em cimão, na geral, com o radinho no ouvido, a bola quase sumindo na escala cromática do verde do campo.
Tá, tira o radinho.
Você não é tão fanático assim.
Nem vai tanto ao estádio. Mas domina o assunto com alguma dignidade.
Aí, um dia, você vai pro campo pra chutar a bola. E tem 70 mil pessoas te olhando.
Foi assim que eu me senti hoje com a máscara neutra.
Porra!
Depois da partida, tive que correr pra fora do campo e gritar. Não tinha vestiário que me coubesse.
Os amigos e companheiros de partida, me disseram pra eu não encanar como o que tinha acontecido. Estreante é assim mesmo, ainda mais em dia de jogo no Maracanã.
Ok, não era o Maracanã.
Mas parecia.
O professor Ivanildo, manjou que eu era ligada no 220 volts, cara! Como pode, uma porra de uma máscara fazer isso meuuuu?
(Desculpa Dona Máscara, não quis ser desrespeitosa.)
Não tinha mais pra onde fugir. Joguei a partida, fiquei ofegante, precipitei, recuei.
Mesmo assim, fugi depois do fim da partida.
Já correu muito até ter a sensação de que seu peito vai estourar? Então. Meu peito ficou assim, durante e depois da partida.
Na verdade, parece que tinha acertado alguma coisa bem no meio dele.
Fervia!
A emoção da eternidade dos 90 minutos, arrancou alguma outra casca do meu coração.
"Trabalho de atriz mesmo".
Então tá falado.
A partida foi boa, o jogo foi bom, mas o campeonato de 2012 tá só começando.
5 comentários:
Parabéns pelo blog! Espero também sua visita e de seus leitores a meu blog. Deixem seus comentários e suas opiniões, elas são importantes para mim. Abraços; Monique Freitas
http://falandodeinspiracaoeaspiracao.blogspot.com/
Blog intenso... Suas palavras são lindas e bem colocadas... Parabéns
eu não consigo escrever se não to triste. se não estiver faltando algo pro meu peito ficar apertado. acho que é daquele buraco no peito causado por um monte de falta, que saem minhas palavras. ele é minha cuica de pegar criatividade quando escorre. Mas mesmo não tendo esse buraco que me faça escrever, eu sinto falta. E sinto falta de um monte de coisas que inclui aquela paixão repentina e enorme que a gente sente pelas palavras de um desconhecido em quem acabamos de clicar. Ou dos conhecidos que quase não vemos. Nessas horas, não só nessas mas principalmente nelas, eu corro pra te ler prq eu sempre me reencontro aqui. Prq eu sempre te encontro aqui. É como saber o caminho de um óasis. Reconfortante.
Saudade, frô!
kaka! Linda! Que saudade! E que palavras lindas!
Essa coisa do buraco e da falta sendo paradoxalmente a fonte de onde tiramos as coisas boas de escrever é doida, não? Sofri bastante disso. Mas hoje encontrei um outro lugar. É um lugar bom. Não é confortável, mas borbulha. É inominável minha querida.
Um pouco posso oferecer por aqui!
Seria bom te encontrar!
Bjs
Postar um comentário