domingo, 1 de abril de 2012

Em primeira pessoa, sobre o dia de domingo

O bairro da Liberdade é lindíssimo. No outono especialmente. Os ambulantes bolivianos, as músicas japonesas, os filmes chineses e as folhas caindo.

O bairro da Aclimação, é mais simpático, mesmo com postes caídos e muitos caminhões da Eletropaulo.

O meu bairro é feio. Mas fica até aconchegante, com alguns raios de sol, deitando nos prédios recém pintados, no auge de seus trinta anos.

Cheguei em casa procurando.

Perguntei para duas pessoas se elas sabiam o que eu tinha perdido.

De manhã foi o celular. Despertou às seis da manhã.

Depois foi o bilhete único, antes de sair.

Mas na volta... na volta, não lembrava!

Cheguei em casa tentando lembrar. Mandei umas mensagens perguntando para amigos, se eles se lembravam do que eu tinha esquecido.

"-Comeu? Jantou?"

Tava entupida de tanta comida!

O coração tava apertando. E se fosse coisa importante? Seria o aniversário de alguém? Serial algum trabalho para a semana que vem?

Mas semana que vem tem feriado e o trabalho do dia 14 já está bem adiantado.

Seria algo para o ensaio de amanhã?

Não!! Quincas Borba já está pronto, se tiver que fazer.

"Esqueceu de falar alguma coisa pro (...)"

(Muito sábia a amiga!)

Liguei pro (...) e disse que estava esquecendo algo, que tinha perdido e nem sabia o que era.


"Pare de tentar localizar. Abre a passagem e deixa ir!"

É pra isso que terapia serve.
A sensação de perda, era só o apego ao que não preciso mais!
Adeus! 


Te desejo amor, o maior do mundo, de verdade. Sem ironia, sem crítica, sem entrar pela janela da sua casa em noite de sono profundo!


Esteja bem e vá em paz!


Antes de dizer adeus para alguma coisa, aprendi que tem que olhar bem para ela e libertá-la.


"não é meu!"

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