sábado, 4 de abril de 2015

Sábado de Aleluia

A sensação é de que terá que citar Kafka eternamente e ficará sempre às voltas com os finais de García Marquez. Que sentirá sempre uma culpa mortal por nunca ter lido nada de Dostoievski. E a culpa é reforçada porque sabe que nunca lerá nada dele. Não quer. Mas insiste em ter alguns do Vargas Llosa na lista das próximas leituras, sem culpa. Levantou da cama com esse peso. Todo dia escolhia algum peso pra carregar, não importava a relevância para a humanidade. Toda vez que acordava, sua primeira decisão era ser mártir de algum assunto. O de hoje for ser apedrejada por suas escolhas literárias. Tudo isso por causa da mulher do Stephen King. Soube que ela recolheu do lixo  os escritos de "Carrie, a estranha". Ele achou que era lixo, ela sabia que era ouro. Sentiu inveja da sorte que é ter alguém que bote a mão no fogo pelo que se decidiu queimar.

Um comentário:

Gugu Keller disse...

Só os livros nos livram.
GK