sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A última vez que abri a porta, assim como todas as outras 300 vezes, foi porque realmente achei que alguma brisa boa pudesse arejar os cômodos. Mas o vendaval passou novamente e agora sei que tem muita coisa morta pra enterrar. Mas não localizo os corpos. Espero em vão as equipes de resgate:o local é de difícil acesso.
Talvez daqui um mil anos, as ruínas sejam descobertas, inventem versões para destruição e desaparecimento do que havia aqui dentro e cobrem ingressos caros para estrangeiros. A porta estará aberta, escancarada eternamente, contra minha eterna e burra vontade.

Nenhum comentário: