domingo, 21 de fevereiro de 2016

Dei sinal e ele também iria descer. Tinha muita barba e nenhum cabelo.Sacolas na mão. Se despediu das moças e uma delas disse:

- Como tenho que te chamar, mesmo?
- Matilde!

Quase tropecei ao descer do último degrau. Olhei feio pra ele, que nem me viu. Olhei feio pr'aquela careca mais afeminada do que eu suspeitaria quando ele subiu.
pensei em tomar nota, mas não precisei. esse tipo de coisa gruda que nem chiclete derretido no asfalto quente da Avenida Paulista.


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