sexta-feira, 20 de maio de 2016

Enquanto troveja

Onde é a estrada?

Quem me diz onde é?

Onde é?

Me diz?

Quem me diz onde é a estrada?

Queria que fosse você. Queria me acompanhasse na estrada. Que me dissesse tudo oq ue eu precisava ouvir. Queria que me mostrasse onde eu tinha que pisar. Queria que me dissesse qualquer coisa.
Mas não era você quem tinha que me dizer.
Não era ninguém.
Na hora daquela dor absurda, minha mão só pode apertar o ar. Já apertou o ar bem forte? Eu apertei.
E dói.


Um comentário:

Kaká Bullon disse...

Às vezes fico tentando adivinhar o que te inspirou a escrever esses textos que parecem não fazer sentido, qual o real sentindo mas sem querer sempre assimilo o significado de acordo com meu próprio momento.
Acho que é sempre assim.
No momento que li isso estava tocando Sheron Van Etten por acaso. Imagine essa combinação. Não tô bem.

Acho que ninguém sabe onde é essa tal estrada, nem mesmo quem já chegou nela. Por isso que eu acho que ninguém possa nos dizer. Mas eu também fico esperando companhia ou que certas pessoas me digam como chegar lá.
Nunca apertei o ar bem forte, mas já tive fuga pelo sono e também dói.