Hoje a Fabiana trocou de horário e saiu no mesmo horário que eu. Ela senta ao meu lado esquerdo e o que consigo conversar com alguém ali, converso com ela. Do lado direito não tem ninguém, é a passagem das pessoas e tem a parede também. Nela, fica o placar indicando quantas pessoas têm na espera e quanto tempo elas estão esperando. A nossa espera ali é uma folga para poder conversar um pouquinho, já que o tempo passa tão rápido. Então a gente veio conversando, na odisséia que virou andar meia dúzia de estações do Brigadeiro até a Sé; começamos falando dos cachorros e passamos pelo assalto que ela sofreu assim que se mudou para o Bom Retiro. Foi morar sozinha. Estava bem acostumada ao bairro onde nasceu, tranquilo, tranquilo. Assim que se mudou para o prédio de três andares, não sei se de noite ou de dia, tocaram o interfone. Ela viu a mulher loira ali do outro lado da porta e achou que era a vizinha. Era nova ali, não conhecia ninguém. Abriu a porta. Junto com a mulher entraram os dois homens um apontando o revólver para ela "Cadê o coreano?".
Coreano, como assim coreano? Ela tinha ido morar sozinha, não tinha nenhum coreano ali e pelo que ela falou o namorado que namorava ela na época não tinha nada de coreano. "Cadê o dinheiro, cadê as jóias?". Que jóias moço, a Fabiana tava desempregada na época, como ela ia ter jóias?!
“Ah, não era você quem a gente queria roubar não, mas para não perder a vigem vamos ter que levar algo de você” . Tudo bem, não se vem a essa vida a passeio mesmo. Eles levaram o DVD, o video game e uma outra coisa que não lembro, devia ser a TV. Para não perder viagem, no susto , será que daria para negociar alguma coisa?
“Você não foi esperta, colocou esse negocinho aí na porta, a gente pensou que era a casa de um coreano”. Ah sim, o “negocinho” na porta, era desses penduricalhos do oriente. Dizem que para dar sorte.
Um comentário:
Hahahah
Cadê o coreano?
hahah genial!
coitada...
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