quarta-feira, 2 de julho de 2008

"Debaixo deles, fica o coração?"

"Nietzsche define o niilismo da seguinte forma: "a conseqüência necessária do cristianismo, da moral e do conceito de verdade da filosofia." (...)Ao final, Nietzsche encontra no homem a fonte de seus próprios valores, sendo ela a medida de todas as coisas, surgindo assim a noção de "super-homem". Este ama a vida, cria o sentido da Terra, pois possuí a vontade de potência. O autor acaba por superar o niilismo ao desligar-se da idéia de que a existência seria uma fonte de sofrimento para o homem, como queria o cristianismo. " Fonte: http://www.puc.br/



27/06/2008

-Blá blá blá Seguros boa tarde.


-Quem fala?


-Pollyanna.


-Caiana?? (???????)


- P-O-L-L-Y-A-N-N-A.


-Ah, desculpe! Nossa, você sabe que minha mulher, a Vera, é muito fã do "seu livro"?


-Ah é mesmo?


-Sim. T-o-d-a vez que acontece alguma coisa muito difícil na nossa vida ela pega na minha mão e diz: "Carlos, vamos brincar de "Pollyanna"?". Ai a gente respira e continua.


-(...) E que posso ajudar Sr. Carlos.




Estudava no Colégio Nsa. Sra de Fátima. Plano Collor me tirou de lá e sempre achei que ia voltar. Meu pai também.

Comecei a fazer teatro, achei que meu grupo ia ser eterno.

Quando terminei o colégio, estudava no Mocam e achava que ia entrar numa faculdade pública.

Quando comecei a trabalhar na seguradora achei que ai conseguir pagar uma boa faculdade.

Comecei a fazer o curso técnico, achando que um DRT ia me adiantar a vida para ser uma atriz e conseguir viver do que eu queria.

Entrei para a faculdade e achei que ia desenvolver uma pesquisa.

Saá da seguradora e achei que ia viver bem dado aulas e fazendo testes.

Em 2008 coloquei os dois pés no chão.


Biografia das boas. Nem gasta tanto papel.


3 comentários:

Anônimo disse...

O caminho da auto-destruição.

Inara disse...

Caiana,

Os "e se..." da vida podem se transformar em nossos tormentos. Será que é tão difícil assim viver um dia após o outro? Diria impossível, realista que sou. A questão de colocar os dois pés no chão nem sempre é uma escolha consciente, vc não acha? Às vezes penso que é fruto das "verdades absolutas e incontestáveis" que nos impõem e que cada um de nós, individualmente, acabamos nos apropriando pouco a pouco e, de repente e roboticamente, passando como uma herança desgraçada ao outro. Não acredito que seja o seu caso, mas comigo a idéia é recorrente.
Enfim, essa busca incessante por si mesmo ainda nos levará a loucura. Sei lá.

Acho que a gente deveria mesmo brincar de Pollyanna. Carlos é um sábio.

Inara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.