sábado, 4 de outubro de 2008

Em verdade vos digo...

Não quero escrever nada. Não consigo. Pára tudo nos olhos. Sobra letra...sobra falta...Não quero escrever nada.


“E se lhe estavam brilhantes os olhos, se seu gestos eram etapas difíceis até conseguir enfim atingir o paliteiro, em verdade por dentro estava-se até lá muito bem, era-se aquela nuvem plena a se transladar sem esforço. Os lábios engrossados e os dentes brancos, e o vinho a inchá-la. E aquela vaidade de estar embriagada a facilitar-lhe um tal desdém por tudo, a torná-la madura e redonda como uma grande vaca”.


Clarice dedica essas palavras, carinhosamente, às moças que não mantiveram o decoro fim de semana passado. E à quem mais couber...

3 comentários:

Flora Ramos disse...

Nunca li melhor descriçnao de um porre feminino.

Anônimo disse...

Pelo menos uma vez na vida, todas as mulheres deveriam se sentir assim, homenageadas pela Clarice.

UtópicA disse...

É tanta saudade que quase não cabe na gente, né, amiga?

É por isso que dia 17 eu devo estar aí de volta. Me aguarde.