segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Retidão entre corujas e lagartos ou pequeno pedido

Vejo Vênus que é a primeira "estrela" a aparecer no céu. 
Os vagalumes aparecem em seguida e não tem importância qual foi o primeiro.
Quando a energia está fraca, é bom ouvir os sinais que o corpo dá e não resistir aos convites benéficos que o "inexplicável" faz para te ajudar.
Não é auto ajuda.
É respeitar a pausa, sem tempo certo para acabar.
Respeitar a pausa dos questionamentos, dos desgastes, aborrecimentos, indignações.
Isso é aprender a ouvir dentro e fora.
Quando nada acontece é preciso parar e fazer companhia pro nada. No nada, o canto dos pássaros, os tons de verde das folhagens e o brilho das estrelas e planetas não tão distantes vão fazendo sua morada.
Sentada no meio fio, não penso nada. Nem penso no nada. Só vejo o vento dançando com as árvores. Vejo o equilíbrio perfeito que é repousar o olhar e o corpo nas coisas ditas de Deus. Se é criação d'Ele, a melhor forma de louvá-lo é contemplar Sua obra. 
Escrevo com letra maiúscula pelo costume da obediência.
Mas não contemplo por obediência. Nem pelo prazer absoluto. Contemplo por condição. 
E se fui eu mesma que escolhi, que a vela acesa e a visão do que é gerado pela natureza, seja o prenúncio do espaço que ela mesma me dá para continuar com serenidade sem perder o que me é de essencial.
Como se enrolasse essas palavras numa fitinha, faço meu amuleto, não por superstição, nem por apego. 
É para estar perto de mim.

Um comentário:

Inara disse...

Lembrei da Marisa cantando lá do Monte:

"Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda..."

Não perca o que te é essencial, mana. Parafraseando a música, sei que vc sabe ver o mundo do ângulo mais bonito. E quase sempre consegue.

Beijos