sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

À procura da desconstrução perfeita

Pra quem sempre gostou do gasto, está tudo demasiadamente velho. No meio dos delírios, alegrias e movimentos embriagados, uns momentos preciosos de lucidez.
Tem coisas que só sabemos na teoria. Somos bons com algumas teorias, principalmente sobre como não usar a vida. Sabe aquela pessoa que acha que não pode ser feliz?
Então...de fora,  a felicidade dos outros parece um comercial "fake" de margarina ou de algum novo residencial em Alphaville. Quando a felicidade chega e diz: "Oi, tudo bem?" pra essa pessoa "de fora", é como se o convite fosse...fosse para participar de um comercial "fake" de margarina. E como dizer que não é? É ou não é?

As coisas no imaginário são mais fáceis de se concretizar. O dois pés estão no chão, mas ao invés de abraçar somente a realidade, dei as mãos ao pessimismo. O nada tomou conta da terra da fantasia...e falta algo irrecuperável.

"Questões controvertidas sobre o crime de ameaça"
Em 2010 fui ameaçada. A vadia causou um grande abalo na época. Mas depois passou. E às vezes tenho até dificuldade para lembrar do que aconteceu. E só escrevi isso porque achei legal o título do texto que o advogado me mandou para ler e me convencer a não entrar com uma representação criminal.

A foto

Temos muitas certo? Mas desde a última faxina no guarda roupa, tem uma assombrando. Um presépio no fundo, balões brancos e dois mil quilômetros de distância. Se rasgar a foto, a lembrança rasga junto?

Brisa eterna e os fragmentos pré, durante e pós Bertioga

"Toda pessoa é maior do que o que ela quer para si" - Sou o si e esqueci o que quero para mim? Sou o aprendizado rápido e o esquecimento fácil. Com um ré menor para começar, o que fazer depois com o problema?

Chico Buarque escreve um livro controverso que tem uma personagem Matilde. Faz seu no nome e seu dinheiro. E eu aqui, com essa Matilde que não me serve de nada.

Branda, triste, sem dor, sem cor. É mais fácil pedir um misto quente e um suco de laranja do que um mega lanche cheio de molhos e sabores, que entorpecerão meu estômago e me farão querer dormir, devido a baixa oxigenação do cérebro. Ler Bukowski não tem sido fácil quanto fazer um pedido na padaria. 

"Meu amor, fale mais sobre o que sente. Você é muito fechada"
Repetição do falso interesse pelo ser incrível que ela deve ser.

Ela vai lá e fala tudo, com custo.

"Está louca? Não é assim! Tá exagerando e falando demais querida! Leia essa piadinha"
Repetição do desconcerto incrível diante do que ela realmente é...

Tá vendo porque não? Dói, e depois...as reticências são o silêncio.

Mais do mesmo e do mesmo e do mesmo

"Esse papel não te exige esforço . Não te apresenta grandes riscos", "Mas estou te sentindo um pouco burocrática", "Sei que vai fazer isso com os pés nas costas"
Então foi sempre assim....E agora? Qual o próximo "não-desafio"? Acabou?

Ele tá vazando...Ele precisa vazar...deixa...ele precisa disso e confia...

Eu não confio. Nunca.

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