domingo, 10 de maio de 2015

Sobre cozinhas e sapos

Estava vestido com roupa de açougueiro. Mas o chapéu parecia mais com o de um chef de cozinha. Colocou as luvas com um sorrisinho de canto de boca, acenou com a cabeça para o lado esquerdo. Ela vinha debaixo, vestida de açougueira, mas o chapéu parecia... qualquer coisa. Ela já estava com as luvas nas mãos e veio na minha direção. Segurou meu nariz bem forte, até eu quase morrer e fui obrigada a abraçar quem não queria para me salvar. Antes de entrar na outra sala, me ocupei de procurar minha bolsa perdida. Havia um milhão de outras bolsas e enquanto procurava, ia narrando para uma câmera orientações sobre como se salvar de sapos. Poderia ter intuído que era melhor não ter trocado de cômodo.

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