sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

All Apologies

Jurava que já tivesse escrito um texto com esse título ou contendo algum trecho da música do Nirvana.
Ontem depois de assistir ao documentário sobre o Kurt Cobain, decidi escrever.Não sobre o documentário, nem sobre o Kurt, nem sobre as viagens que fiz ao acompanhar o roteiro, nem sobre o Nirvana (nos dois sentidos). Mas sim, porque é injusto pra caralho usar um cara como ícone e não chegar nem aos pés dele. Não em qualidade artística,mas em auto destruição. Somos meros voyers da destruição de Kurts e Amys e não nos damos ao trabalho de ir fundo em nossas dores de cotovelo, quanto mais nas de estômago,provocadas por profunda sensação de rejeição. Somos fanfarrões, sim. exibimos nossas desgraças em redes sociais. Quais desgraças? Nossas posições políticas, nossas horas perdidas ao despertar apressados de manhã. Nada demais. Nada que nos faça gritar comas víceras, nem escrever enlouquecidamente,nem pintar, nem fazer filho com um amor de doer e querer morrer e viciar na picada da droga que te faz aguentar todo o circo que se formou ao redor de si. Sádicos? Não, nem um pouco. Amadores. E mal sabemos pedir desculpas.

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